Histórias da Vida Real

Nessa página vamos contar um pouquinho de cada experiêcia que tivemos nesses anos como Fisioterapeuta de Pacientes com Vaginismo!! Histórias cheias de delírios...mas com um final de puro deleite!!
Espero do fundo do meu coração que sirva de exemplo e incentivo para as Vagínicas que não mais acreditam que possam ser "mulheres por inteiro"!! E minha gratidão eterna as minhas pacientes mais que queridas, por fazerem parte da minha vida e da minha história profissional!!

1º) Relato: Contado por uma de minhas pacientes do CATVA (Centro de Apoio e Tratamento do Vaginismo), ainda em tratamento!!!

Paciente: A

Por muitos anos sofri com esse problema, sem saber o que realmente seria, durante o ato sexual sentia medo e uma "dor" que não permitia a total penetração, com o passar dos anos comecei a achar que isso não seria algo normal e procurei alguns ginecologistas, mas nenhum sabiam me falar o que seria isso, só me pediam para que na hora H, eu relaxa-se, e isso foi gerando um medo ainda maior de fracassar sempre.


Foi quando passei por uma ginecologista que cogitou que isso poderia ser vaginismo, ai quando cheguei em casa fui procurar na Internet o que poderia ser isso e se eu estava realmente enquadrada nesse perfil, e para meu espanto descobri que era uma vagínica e que não era a única que sofria com esse mal, daí comecei a pesquisar profissionais capacitados para meu tratamento e numa dessas pesquisas encontrei o Projeto Afrodite e fui até lá para me informar melhor, passei por duas palestras e esse ano iniciei meu tratamento.

Conheci a Maria Angélica e ela me passou um conforto, me disse que seria capaz de vencer esse obstáculo, e passei a confiar em mim, me surpreendi com meu tratamento porque as técnicas que são utilizadas pela Maria Angélica e sua equipe me permitiram tirar a tensão vaginal e aprendi a conhecer meu próprio corpo, hoje me sinto feliz e sei que em breve estarei completamente livre desse problema.

Então é isso meus queridos, esse foi somente o primeiro relato real que vamos contar a partir de agora!!!
Quero agradecer a minha querida paciente que fez esse relato, pela confiança e carinho!!! Tenho certeza que através desse relato outras mulheres sentirão encorajadas para dar o primeiro passo e procurar ajuda...
 
Até a próxima
Maria Angélica 


 2º) Relato: Contado por uma das pacientes do CATVA (Centro de Apoio e Tratamento do Vaginismo), ainda em tratamento!!!

Paciente: B

Tenho 34 anos, sou casada hà 8 anos e tenho vaginismo, após 9 anos de namoro eu e meu esposo nos casamos, nesse período de namoro nunca imaginei sofrer de vaginismo, pois havia em mim o desejo de me casar virgem e meu esposo respeitava o meu desejo. Após me casar, na lua de mel, começou o meu martírio, pois não conseguia ter uma relação com penetração. Sentia muito medo, uma sensação de que o pênis iria me rasgar. Passou um, dois, três meses de casada e nada, a sensação de medo permanecia em mim, e cada vez mais forte, junto uma angústia e um sentimento de inferioridade em relação as outras mulheres, me achando uma extraterrestre.
Após 3 meses de casada fui a ginecologista e a mesma me exclareceu que eu sofria de vaginismo. Me explicou bem detalhadamente o que ocorria com minha vagina durante as tentativas de penetração,tudo devido ao medo que existe em minha mente e me orientou procurar um psicólogo. Procurei o Hospital das clínicas e lá fiz psicoterapia por 3 anos. Ao contar minha infância para a psicóloga a mesma me informou que o tralma pode ter sido das agressões físicas que meu pai tratava minha mãe. As sessões foram muito boas, mas não tive nenhum progresso em relação a penetração. O medo continuava e resolvi parar com a terapia, pois achava que conseguiria acabar com esse problema sozinha, sem ajuda médica. Tentei por alguns anos e não consegui. Eu e meu esposo acabamos nos acostumando com a situação, pois de nosso modo conseguíamos nos satisfazer sem penetração. Com o passar dos anos, comecei a sentir o desejo de ser mãe, com isso começou uma angústia muito grande e percebi que sozinha não iria conseguir romper essa barreira. Foi então que descobri através da internet o Projeto Afrodite. Lá assisti 3 palestras de sexualidade, depois passei pela triagem e fui
encaminhada a fazer as sessões de fisioteria pélvica com a Dra.Maria Angélica, que é uma Dra. visivelmente capacitada e experiente no assunto de vaginismo. Ela e sua equipe sabem realmente o que uma vagínica sente, que não é frescura e nem coisa de nossa "cabeça", que realmente sentimos dor ao tentar a penetração, mas isso ocorre devido ao medo que existe em nossa mente, deixando os músculos da vagina rígidos, impedindo a penetração. Durante as sessões de fisioterapia a Dra. nos ensina a relaxar esses músculos.
Na minha 1º sessão nem conseguia olhar para a cama ginecológica, pois quem é vagínica sabe, temos uma dificuldade muito grande de abrirmos as pernas, e até mesmo o ventinho que entra na vagina nos incomoda. Nessa sessão ela me ensinou técnicas de respiração, a controlar a sensação de medo e me explicou a anatomia da vagina. Na 2º sessão, houve toque superficial em minha vulva, sempre respeitando meus limites. Na 3º sessão utilizando todas as técnicas que a Dra. me ensinou, consegui a penetração de 1 dedo. Nas 3 últimas sessões fui me sentindo cada vez mais à vontade e com menos medo e a penetração do dedo cada vez mais rápido.
Estou apenas no começo dessa batalha, mas estou muito confiante nesse tratamento, pois em pouco tempo estou vendo progresso e com médicas experientes que nos passam confiança e nos deixam muito à vontade. Creio primeiramente em Deus e depois nesse Projeto Afrodite, onde existem profissionais interessados em nos ajudar e vibram conosco a cada evolução. Sei que vou conseguir acabar com esse vaginismo em minha vida, e me sentir uma mulher por completo. Vitória a todas que estam nessa luta!!
 
Mais um relato emocionante, quero mais uma vez agradecer a essa querida paciente por seu carinho e confiança!! Obrigada a vc por conseguir dar o primeiro passo e ser exemplo para outras mulheres que sofrem do mesmo problema.

Até a próxima
Maria Angélica


3º) Relato: Contado por uma das pacientes do CATVA (Centro de Apoio e Tratamento do Vaginismo), ainda em tratamento!!!


Paciente C

Nunca pude imaginar que eu sofria de um distúrbio chamado vaginismo. Quando eu era mais jovem, achava que o medo da relação sexual era normal, pois muitos mitos cercavam a tal "primeira vez". Como esse momento custava a se realizar na minha vida, pensava que isso estava ligado à minha educação rígida, ao fato de eu não ter encontrado a pessoa certa, à religião e por aí vai... desculpas nunca faltaram.

A minha vida sempre esteve muito pautada pelos meus estudos e pela preocupação com a vida profissional, então, sobrava pouco tempo para pensar nas questões emocionais e sexuais.
Fazia exames ginecológicos de rotina, mas sempre com muito medo, dor e dificuldade. Nenhum profissional havia levantado suspeitas de vaginismo, até então. Um dia, mudei de médico e ele me disse que talvez eu tivesse esse distúrbio e que o tratamento seria difícil, pois o problema estava ligado mais à questão psicológica do que física.
Procurei informações sobre o assunto na internet, busquei livros que pudessem esclarecer o problema, mas infelizmente, ainda há pouquíssima literatura sobre vaginismo. Encontrei alguns artigos científicos, mas a maior parte estavam em outros idiomas. Foram essas leituras que me despertaram para o meu problema, fazendo-me compreender o que se passava comigo...
Rezei muito para que Deus me ajudasse a encontrar profissionais que pudessem me orientar, pois eu queria ser igual a todas as outras mulheres. Quem sofre com o vaginismo sabe o quanto a insegurança, a culpa, o medo de perder o parceiro, o sentimento de inferioridade e a baixa autoestima insistem em nos perseguir. Houve momentos em que eu cheguei a achar que meu problema não tinha mais solução e que eu estava destinada a viver sozinha, me questionava, me isolava... enfim, achava que só eu tinha esse problema no mundo.
A essa altura, eu já estava casada e, embora o meu parceiro seja muito compreensivo e carinhoso, cheguei a pensar em terminar o nosso relacionamento, deixá-lo seguir o seu próprio caminho e eu o meu, pois sofríamos muito. Por diversas vezes, eu me senti pressionada pelo meu marido, mas entendo que ele fazia isso como uma forma de não me deixar acomodar com a situação, nós havíamos encontrando a nossa forma de nos relacionar sexualmente e sentir prazer. Ainda assim, queríamos uma relação mais plena.
Fiz psicoterapia e vejo o quanto as sessões me ajudaram a me entender, a buscar forças e a não desistir...
Um dia, consultando a internet, li uma matéria sobre o Projeto Afrodite. Entrei em contato, participei de três palestras com a psicóloga Suzana e passei por uma triagem com ginecologista, fisioterapeuta e psicóloga. Fui muito bem recebida por essas profissionais altamente preparadas para atender mulheres com esse tipo de distúrbio e que se mostram, sobretudo, comprometidas com a cura de suas pacientes.
Ainda meio desconfiada, iniciei o tratamento com a fisioterapeuta Maria Angélica Alcides mas logo essa desconfiança terminou, pois fui muito bem acolhida por essa profissional tão dedicada, que me transmitiu paz e segurança. Ela me ajudou a acreditar que a cura estava ali ao meu alcance e que bastava apenas que eu estendesse as minhas mãos.
Atualmente, faço as sessões de fisioterapia e tenho sentido que a cada dia supero meus próprios limites, vou vencendo os obstáculos... Tenho um compromisso comigo mesma de nunca voltar para casa sem avançar um pouco mais no tratamento, sempre respeitando o meu próprio tempo, é claro. Trata-se de um processo, no qual vamos avançando aos poucos, mas que depende muito de nós mesmas. Estou no começo do tratamento, mas nem poderia me imaginar na fase em que já cheguei e até me considero curada, perto do que já vivi!
Quero aproveitar esse espaço para agradecer a Angélica (que é um anjo não só no nome), uma pessoa a quem eu admiro muito e que trouxe mais paz para a minha vida. Não posso esquecer de agradecer a toda a sua equipe também, em especial a Lívia, que tem divido comigo as minhas vitórias. Enfim, meu imenso agradecimento a todas as profissionais pela paciência, carinho, dedicação e por comemorar comigo cada conquista.


Às mulheres que sofrem com esse distúrbio deixo a seguinte mensagem:


"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses." (Rubem Alves)
 
 
Mais um relato emocionante e corajoso, minha querida paciente...só eu e as meninas sabemos como teve ter sido difícil pra ti...colocar um pouquinho da sua história em palavras! Obrigada conseguir dar o depoimento e servir de exemplo para tantas outras mulheres que sofrem de vaginismo.

Até a próxima
Maria Angélica